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António Heitor

Os melhores #momentosadmiraveis de 2023 … a nossa ruralidade








Por António Cláudio Heitor


A Primavera é uma daquelas épocas onde conseguimos encher rapidamente os cartões com milhares de imagens. As cores, a luz, os cheiros, as plantas e os animais reagem ao estímulo primaveril acordando e revitalizando as nossas paisagens rurais. Anteriormente mostrei como a agricultura nos oferece oportunidades de fazer imagens interessantes. Mas e o que dizer da pecuária?

Quem fica indiferente à presença de uma ovelha ou de uma cabra, por exemplo? E se atrás da mãe vier um pequenote, então não há como não ficar deliciado com a forma atabalhoada como os pequenotes correm e saltam. Ou mesmo a forma despreocupada como correm de um lado para o outro quase que indiferentes à nossa presença logo ali ao lado. É claro que todos sabemos que essa despreocupação juvenil só é possível porque o olhar atento dos progenitores o permite.

Se a isto se juntar o momento tão próximo como o da relação mais básica entre mãe e cria, nada melhor. Só há uma coisa a fazer, respira António, respira e aproveita todos os momentos. É difícil não nos desconcentrarmos quando vemos uma cena engraçada, mas o que não sabemos é, por exemplo, para que lado a ovelha ficou a olhar. Ou seja, tive de aprender a tirar todas as imagens possíveis até o momento acabar, pois só assim garanto que tenho toda a informação que pretendia.

 Os tons de verde dos campos são sempre um sinal de esperança para o nosso gado e a tranquilidade impera no rebanho. O tempo e as fotografias perdidas ensinaram-me a olhar com atenção para os rebanhos, pois além da correria que já descrevi, há quem aproveite para descansar, ou talvez para por o jovem de castigo, mas isso nunca saberemos.

As crias procuram sempre a segurança e o carinho oferecido pela presença materna. Para além desta ligação, achei muita piada esta ligação entre o preto e branco dos dois animais que me conduziram na altura para muitos pensamentos e ideias bem válidos nos dias que correm.

Outra coisa que aprendi a dar atenção foi às fantásticas “caretas” que estes ovinos fazem e não posso deixar de imaginar o que raio irá por aquelas cabeças ao ponto de quase me deitarem a língua de fora ou “rirem” da minha figura por certo. Não gosto de passar para os animais sentimentos nossos, mas quase que me apetece dizer que este dois estão a gozar com a minha cara, só pode. 

 Mas a cor não é tudo. Aprender a usar a visão a preto e branco, assumindo a carga mais emotiva destas tonalidades foi um desafio importante. Ainda mais porque o fiz durante uma das nossas saídas acompanhadas da Academia. Um dia de aprendizagem e de muita amizade que ficará por certo na memória de todos. 

Os lagos artificiais são uma oportunidade para conseguirmos alguns registos diferentes. Foi o que tentei fazer por terras do Sor e do Raia, aproveitando a imensidão do montado. Sim está “sem cor”, mas acredito que todos saberão quais as cores de cada um dos elementos desta imagem. Aproveitar as nuvens para dar mais história à imagem é um ensinamento que tenho sempre presente. A cor é mesmo importante.

E que tal as cores do Outono? Isso é tema para o próximo capítulo dos meus #momentosadmiraveis de 2023.




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